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sábado, 1 de janeiro de 2011

Lembranças...

Passagem de ano de 1831...

Lucy estava parada na sacada da mansão de seus pais, havia meses que se casará, jamais estivera tão apaixonada por uma “pessoa”, olha para ele conversando com seu pai sorrindo, movimentos leves e tão másculos, tudo a excitava, a encantava, mesmo durante seu abraço tinha notado o medo e o amor nos olhos dele, medo de ir longe demais e amor por ter escolhido sua parceira, para a vida toda o que seria bem longa.

Não se importava de viver apenas a noite, ele havia apresentado –a em toda sociedade de sua raça, com orgulho e posse, sim ela era dele e só dele, as vezes não acreditava que estava sendo tão feliz, mas sabia que nem tudo eram flores, ainda tinha muito dos valores humanos e a cada nova caçada tinha uma nova crise de consciência, com muitos serás que estavam certos ?

Não sabia ao certo , ele sempre lhe dizia que os humanos era gado e só isso, mas ela já havia sido humana uma vez, eram muitas perguntas que por hora não teria como responder.

-Venha amor , vão começar a queima de fogos!!!

Aquela voz rouca e animada despertou de seu devaneio , fazendo Lucy correr pela escadaria e jogar-se nos braços do amado, cobrindo-o de beijos apaixonados.

-Nosso primeiro réveillon, juntos. Disse baixinho olhando nos olhos de prata dele.

-Ano que vem prometo levar você á Paris, verá como os fogos são magníficos dilá.

Neste momento estouros e o champanhe, chegaram em belas taças de cristal bacará

Lucy arrepiou por completo ao mover o liquido espumante na taça e ver uma imagem da lua através de barras escuras, largou o objeto que se espatifou na calçada.

-Minha Linda o que houve? Perguntou ele amparando-a.

-Nada...nada. Murmurou esquecendo de treinamento de manter a pele aquecida e bem corada, estava gelada e levemente pálida.

Sua mãe veio até ela –Minha filha o que houve. Tocou-lhe a fronte –Mas você esta gelada está bem ?

Ele olhou-a preocupado e sorriu –Deixe-a comigo Senhora... já sei como acalma-la.

Ergueu nos braços e entrou seguindo para seus aposentos, trancou a porta deitando-a na cama.

-Amor calma, você não pode perder o controle assim, olhe- se no espelho.

Temeu olhar ,sabia-se fria e pálida.

-Estas com fome é isso?

-Não ...por favor só me abrace...

Ele o fez, acariciando lhe os cabelos rubros como sangue.

-Diga-me o que houve? Você ouviu alguma voz? Ou viu algo?

-Eu não sei... mas já estou melhor... temos de sair logo a minha mãe estará aqui...

Saiu dos braços dele, concentrando-se, num piscar de olhos estava aquecida e corada novamente.

-Isso minha bela pupila, você está aprendendo rápido!!! Disse beijando-a apaixonadamente.

-Eu amo vc. Disse ela abraçando-o.

-Eu também te amo, minha pedra preciosa, desdo primeiro momento em que lhe vi...soube que você era minha para toda existência...

Voltaram para o jardins da mansão...

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